Lagoa da Ponta Grande em Ipanguaçu RN enfrenta seca e exige cuidados
A Lagoa da Ponta Grande, localizada no município de Ipanguaçu, no interior do Rio Grande do Norte, passa por um momento delicado. Neste ano, o reservatório não recebeu a recarga natural das águas de enchente, o que acendeu um alerta entre moradores, pescadores e autoridades. A situação preocupa principalmente devido à importância econômica e ambiental da lagoa para a região, que atrai visitantes e trabalhadores de cidades vizinhas como Macau, Carnaubais, Assú e Afonso Bezerra.
Foto antiga da Lagoa da Ponta Grande
Importância da Lagoa da Ponta Grande para a economia local
Além de ser um patrimônio natural de Ipanguaçu, a Lagoa da Ponta Grande é fonte de sustento para dezenas de famílias que dependem da pesca artesanal. Durante todo o ano, pescadores utilizam suas margens e embarcações para capturar peixes como tilápia, traíra e outras espécies que abastecem mercados e feiras livres da região.
Moradores de cidades próximas, como Macau, Carnaubais, Assú e Afonso Bezerra, se deslocam até o local para participar da atividade pesqueira, contribuindo para o movimento comercial e para a circulação de renda no município. O cenário, no entanto, está ameaçado devido à redução drástica do volume de água.
Ausência de recarga de enchente e seus impactos
Historicamente, a Lagoa da Ponta Grande se abastece com as enchentes do período chuvoso, que garantem a reposição do seu volume e mantêm o equilíbrio ambiental. Porém, neste ano, a lagoa não recebeu a esperada recarga, resultado de um regime de chuvas abaixo da média e de mudanças no ciclo hídrico da região.
Com o nível de água mais baixo, aumenta o risco de mortandade de peixes e de comprometimento da biodiversidade aquática. Além disso, a escassez hídrica ameaça o abastecimento e dificulta o lazer, que também faz parte da rotina da comunidade local.
Necessidade de uso consciente da água
Diante do cenário de seca, especialistas e lideranças comunitárias reforçam a necessidade de cuidados imediatos para preservar o reservatório. Um dos principais pontos discutidos é a proibição ou restrição do uso de bombas e motores para irrigação direta da lagoa, prática que acelera a redução do volume e compromete a sobrevivência das espécies aquáticas.
De acordo com moradores, já houve anos em que a retirada excessiva de água para irrigação contribuiu para que o nível da lagoa baixasse drasticamente, prejudicando não apenas a pesca, mas todo o ecossistema local.
Medidas urgentes sugeridas pela comunidade
- Proibir o uso de bombas e motores para irrigação a partir da lagoa;
- Realizar campanhas de conscientização junto aos pescadores e agricultores;
- Promover o monitoramento do nível de água e da qualidade do ambiente aquático;
- Buscar apoio de órgãos ambientais e do governo para ações de preservação.
Visitação e turismo em baixa
A lagoa, que em anos de cheia recebe visitantes para lazer, passeios e eventos culturais, agora sofre com a diminuição no fluxo turístico. Barcos que antes levavam visitantes para passeios agora estão parados, e comerciantes que dependiam desse movimento relatam queda nas vendas.
Mesmo em meio à seca, ainda há famílias que visitam o local em busca de pesca e lazer, mas com cuidados redobrados para evitar impactos negativos no ecossistema.
Chamado à preservação
A Lagoa da Ponta Grande é um patrimônio de valor incalculável para Ipanguaçu e toda a região. Sua preservação depende da união de esforços entre população, autoridades e órgãos ambientais. O momento exige responsabilidade no uso dos recursos e ações rápidas para garantir que futuras gerações possam continuar usufruindo de seus benefícios.
Reflexão final
Se nada for feito, a seca poderá causar prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e à economia local. Cuidar da lagoa agora é garantir que a história, a cultura e o sustento de muitas famílias não se percam com o tempo.
Perguntas Frequentes
Onde fica a Lagoa da Ponta Grande?
A Lagoa da Ponta Grande está localizada no município de Ipanguaçu, no interior do Rio Grande do Norte.
Por que a lagoa não recebeu água de enchente este ano?
Devido à redução no volume de chuvas e a alterações no ciclo hídrico, a lagoa não teve a recarga natural das enchentes neste ano.
Quem depende economicamente da lagoa?
Pescadores locais e de cidades vizinhas como Macau, Carnaubais, Assú e Afonso Bezerra dependem da lagoa para a pesca e geração de renda.
Quais medidas podem ajudar a preservar o reservatório?
Evitar o uso de bombas e motores para irrigação, realizar campanhas de conscientização e buscar apoio de órgãos ambientais para ações de preservação.
